segunda-feira, 29 de abril de 2013

Oficina de Boas Práticas de Manejo e Fabricação para Produção Sustentável e Beneficiamento de Umbu na Comunidade Quilombola de Brejo São Caetano, em Manga/MG

A Cooperativa Regional de Produtores Agrissilviextrativistas Sertão Veredas vem aqui divulgar os resultados do curso de 'Boas práticas de manejo e fabricação para produção sustentável e beneficiamento do umbu (Spondias tuberosa)', realizado na Comunidade Quilombola de Brejo São Caetano, no município de Manga/MG, ocorrido nos dias 01 e 02 de fevereiro de 2013. Este curso faz parte das atividades previstas no Projeto 'Extrativismo Vegetal Sustentável - Mosaico Sertão Veredas - Peruaçu', financiado através do Acordo de Cooperação do Fundo Socioambiental Caixa  nº: 0007.007/201.cerrado, e contou com a parceria e o apoio da Associação Comunitária local, do Instituto Sociedade, População e Natureza - ISPN, e da Cooperativa Grande Sertão.



1.      Práticas de Manejo
O umbu é considerado um símbolo de resistência cultural pelos agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais da região semiárida, principalmente pelo significado sagrado e por reservar água em suas raízes em períodos de seca. A prática de coleta dos frutos é uma atividade cultural passada de geração em geração e começa desde a infância por influência de pais e avós. Os seus frutos são muito utilizados nas áreas rurais do Nordeste como base alimentar e econômica, complementando a renda geralmente gerada com o cultivo de culturas de sequeiro, como milho, feijão e mandioca, e a criação de caprinos e ovinos. Os primeiros moradores do sertão, os índios, utilizavam as “batatas” dos umbuzeiros para curar doenças e os frutos para alimentar-se. As “batatas” muitas vezes são utilizadas pelos vaqueiros do sertão para matar a sede nas suas jornadas na Caatinga. Elas possuem propriedades medicinais e são muito usadas na medicina caseira para o tratamento de diarreias e no controle de verminose (BARRETO e CASTRO, 2010).
No dia 01 de Fevereiro de 2013 foi realizada capacitação na comunidade de Brejo de São Caetano, no município de Manga, com o objetivo de compartilhar com o público acerca da coleta sustentável dos frutos do umbu, além de boas práticas de manejo, contribuindo para o extrativismo sustentável, aliando geração de renda à conservação da Caatinga.
Ao longo da capacitação buscamos dar informações àquelas pessoas que tem boa oferta de frutos na sua comunidade e coletam em escala muito pequena, além de não terem um plano de manejo adequado. Buscamos também dar subsídios aos que desejam fazer o plantio e produzir suas mudas, aumentando e repondo as plantas em suas áreas de coleta, quintais, áreas de cultura, etc.
Demos inicio à capacitação com a apresentação das pessoas presentes, onde participaram agricultores e técnicos, de diversas localidades, como Miravânia, São João das Missões, Manga, Chapada Gaúcha, entre outras. Na apresentação os participantes puderam relatar seus anseios, o que esperam da capacitação, e quais os seus conhecimentos a respeito do manejo e coleta do umbu.
O conteúdo abordado na capacitação buscou dar subsídios aos agricultores, técnicos e extrativistas para as boas práticas de manejo do umbu até a organização da comercialização.
Descrevo a seguir algumas ações e pontos importantes debatidos ou abordados durante a Capacitação:
De início foi feita uma abordagem sobre a Caatinga, ambiente de ocorrência do umbuzeiro. Falamos sobre suas peculiaridades, como o longo período de seca e das alternativas de convivência com a seca, tendo o extrativismo como uma alternativa rentável.
Fizemos a caracterização do umbuzeiro, buscando conhecer a planta e em que condições de temperatura, umidade e de solo se desenvolve, para definirmos estratégias de manejo do solo, da planta e de todo o ambiente, além de conhecer o período de coleta dos frutos e quando fazer as podas na planta. O conhecimento da planta também dá subsídios para se calcular a capacidade de produção ou rendimento de frutos, a época de floração e de frutificação (ciclo da cultura) e a época de plantio ou produção de mudas.
Foi feita uma prática de seleção e de quebra de dormência das sementes, pelo método do corte inclinado na parte distal do caroço, além de citarmos outros métodos de quebra de dormência. Falamos ainda do preparo do substrato para a produção das mudas.
Foram demonstrados os métodos de propagação das plantas, a seminífera, a propagação por estaquia e por enxertia, onde fizemos uma prática de seleção dos enxertos e dos métodos de corte do enxerto e da porta enxerto, como por exemplo, a garfagem. Apresentamos o calendário de produção do umbu na região da Bahia, praticamente o mesmo aqui no Norte de Minas, onde tem oferta do fruto. Com o calendário pudemos planejar junto aos participantes da capacitação as épocas de coleta, de podas e de produção das mudas.
Falamos a respeitos das pragas e doenças ocorrentes nas plantas e dos métodos de prevenção das mesmas, e que o melhor controle de pragas e doenças é a manutenção do solo saudável, com vida, e a manutenção da biodiversidade, mas podem ser usados alguns defensivos naturais quando ocorrerem danos causados por pragas. Outro fator favorecido pela manutenção da biodiversidade é a preservação das espécies responsáveis pela dispersão das sementes e pela manutenção das plantas às futuras gerações.
Na parte de coleta e transporte foram falados dos principais cuidados com as plantas e com os frutos durante todo o processo e das boas práticas de manejo. Citou-se passo a passo, os métodos de coleta sustentável dos frutos, os cuidados para não danificar as plantas e os frutos colhidos, a seleção dos frutos e descarte dos frutos possivelmente vetores de doenças e ainda a importância de se deixar frutos na área para a alimentação dos animais dispersores de sementes. Falamos a respeito dos utensílios adequados à coleta dos frutos, do armazenamento e da importância de se coletar os frutos no grau ou ponto certo de maturação, pelo fato de serem perecíveis e de comprometer a rentabilidade com o produto.
Apesar de ainda ser pouco praticada e da capacitação ter maior ênfase no extrativismo sustentável, abordamos a respeito do plantio comercial que vem sendo estudado e variedades vêm sendo pesquisadas. Fizemos os cálculos de custos de implantação de 01 hectare e da produção de frutos por hectare. Ressaltamos a importância da preservação das áreas de Caatinga, onde cerca de 50% já foram desmatadas e que a cultura do umbu vem sendo ameaçada nessas áreas pela expansão da pecuária e das monoculturas, principalmente na região norte de Minas Gerais. Foram citadas as práticas de manejo de solo, que são alternativas de convivência com a seca e que visam diminuir a perda de solo, o assoreamento de cursos d’agua, além de manter a umidade por mais tempo no solo. Foi realizada uma prática de curva de nível, com o uso do “pé de galinha”, confeccionado durante a capacitação.











2.      Beneficiamento e Aproveitamento sustentável do Fruto
O processo de agroindustrialização de frutas é uma forma de agregar valor aos produtos, prolongar a vida de prateleira e o mais importante, ofertar um produto durante a sua entressafra. Dessa forma, com o beneficiamento do umbu, as comunidades da Caatinga passarão a ter mais uma fonte de oportunidade e renda para o fortalecimento econômico e comercial, pois o Umbu apresenta um alto poder de aceitação pelo sabor diferente e muito nutritivo. Para garantir a oferta desse fruto durante um período de entressafra, foi realizado um treinamento aos agricultores extrativistas que trabalham com a coleta e a comercialização do umbu. A capacitação no âmbito das boas práticas de fabricação e técnicas de beneficiamento, devido imensa quantidade de produtos que podem ser desenvolvidos a base desse fruto, foi realizada uma prática de processamento de doces e geleias, com foco na qualidade sanitária e nutricional.
Com o Umbu pode-se produzir muitos alimentos, como: geleias, doces, polpa congelada, sucos, sorvetes e picolés, além da famosa umbuzada que tem grande aceitação pelos consumidores principalmente moradores da região nordeste, em especial no estado da Bahia. Durante a capacitação foram demonstradas as técnicas para a produção da geleia e também a produção de doce em corte, tais como:
·         Descrição detalhada do fluxograma de processamento para doces e geleias, bem como cuidados higiênicos sanitários desde a coleta do fruto até a entrega do produto acabado aos consumidores
·         Demostrou também as técnicas para a identificação da pectina dos frutos com a utilização de álcool. Pois esse polissacarídeo é um dos componentes principais na fabricação de doces e principalmente das geleias de frutas, devido proporcionar a geleificação da mistura, garantindo assim a consistência de gel, ou seja, o fruto que não apresentar esse componente não permite a fabricação de geleias
·         Apresentou tópicos em rotulagem obrigatória, para os produtos em questão, além de questões relacionadas aos aspectos de apresentação visual dos produtos
·         Foram demonstrados os principais riscos de acidentes durante a manipulação dos alimentos, e dessa forma apresentados os Equipamentos de Segurança Individual e coletiva que são de grande utilidade para os manipuladores
·         Foram abordados os principais tópicos envolvendo as Boas Práticas de Fabricação em todas as etapas do processamento, frisando os cuidados com a higiene pessoal, do ambiente e instalações, bem como, esclarecendo todos os perigos que podem contaminar os alimentos, durante a manipulação, armazenamento distribuição e o próprio consumo
·         Realizou uma atividade em conjunto para organizar as informações e construir uma planilha para determinar o custo de produção do doce e da geleia fabricados durante o treinamento.
Por fim, foram apresentadas questões a respeito do comércio justo, orgânico e a importância das pessoas se organizarem para negociar e melhorar os preços, conseguirem estruturas de beneficiamento de produtos na própria comunidade e estarem se capacitando sobre as boas práticas de produção e beneficiamento dos produtos, além da comercialização, agregando valor aos produtos e melhorando a renda da coleta dos frutos. Falamos a respeito da importância dos intercâmbios com outras organizações, associações e cooperativas e da troca de experiências e dos desafios que os extrativistas têm enfrentado não só na coleta do umbu como de outros frutos. A expansão das áreas de monocultura e o consequente desmatamento de grandes áreas, o extrativismo predatório, a proibição do acesso às áreas de coleta pelos proprietários e a dificuldade de acesso são outros desafios enfrentados e o enfrentamento a esses desafios pode ser realizado através da organização dos grupos nas comunidades.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Curso de Boas Práticas de Manejo e Fabricação para Produção Sustentável de Coquinho Azedo em Chapada Gaúcha/MG

A Cooperativa Regional de Produtores Agrissilviextrativistas Sertão Veredas vem aqui divulgar os resultados do curso de 'Boas práticas de manejo e fabricação para produção sustentável do coquinho azedo (Butia capitata)', realizado na cidade de Chapada Gaúcha-MG, ocorrido nos dias 14 e 15 de dezembro de 2012. Este curso faz parte das atividades previstas no Projeto 'Extrativismo Vegetal Sustentável - Mosaico Sertão Veredas - Peruaçu', financiado através do Acordo de Cooperação do Fundo Socioambiental Caixa  nº: 0007.007/201.cerrado 


           Nos cerrados brasileiros, o coquinho-azedo (Butia capitata (Martius) Beccari), também conhecido como coco-cabeçudo, butiá, ouricuri e coco-babão, é uma palmeira que se destaca pelo intenso uso na alimentação regional. Os frutos dessa espécie são utilizados para o consumo in natura, no preparo de sucos, de sorvetes e de picolés. Segundo informações pessoais do diretor da maior cooperativa da região do Norte de Minas Gerais (Cooperativa Agroextrativista Grande Sertão), que trabalha com 42 comunidades rurais de pequenos agricultores, processando frutíferas nativas e exóticas, a polpa de coquinho-azedo é a mais procurada e comercializada na região, sendo que, muitas vezes, não se consegue atender à demanda, por falta de matéria-prima.
O Coquinho Azedo possui caule típico de palmeiras, solitário, denominado estipe, que pode alcançar até 4 metros de altura, resistente, medula central (esponjosa), envolvida por um anel de proteção, fibroso, resistente, anexo ao tecido vascular, constituído pelo xilema e pelo floema, sendo que não possui câmbio. Possui, em sua região apical, um broto, também conhecido como gema apical, no qual se forma um meristema envolto por bainhas de folhas, denominadas palmitos, que em muitas espécies são comestíveis, o que não é o caso dessa. As suas folhas são do tipo pinadas e arqueadas de coloração verde-acinzentada, distribuídas no topo do caule de maneira espiralada, com folíolos compridos, estreitos, lanceolados e alternos. Caracteriza-se com bainha e pecíolo indistintos, com margens providas de fibras achatadas.
As inflorescências de Butia capitata são semelhantes a outras espécies de Arecaceae, sendo do tipo paniculada, também conhecida como cacho, formada pelo pedúnculo (ráquis), espigas (ráquilas) e flores amarelas protegidas por brácteas que se abrem naturalmente. As flores são unissexuadas na mesma ráquila, apresentando, principalmente, flores femininas no terço inicial das ráquilas. Quase sempre, as flores femininas são ladeadas por duas flores masculinas, sendo que essas predominam nos dois terços distais das ráquilas.
O fruto é uma drupa oval e comestível, formada por epicarpo amarelado ou avermelhado (arroxeado), mesocarpo carnoso e fibroso e endocarpo duro e denso com três poros, sendo funcional apenas a 16 quantidade de poros semelhante à quantidade de sementes. Cada fruto pode conter de uma a três sementes. A sua maturação se inicia a partir das extremidades das ráquilas de forma gradativa, em B. odorata. Porém pouco se conhece sobre os eventos de florescimento, de frutificação e de multiplicação da B. capitata. Cabe ressaltar que pode ser determinado, ainda, como semente do coquinho azedo não somente o embrião com o endosperma, mas também aquele envolvido pelo endocarpo, também denominado putâmen.
Fruto - Coquinho azedo (Butia capitata)


REALIZAÇÃO DA OFICINA

        Ao realizarmos a capacitação buscamos dar informações àquelas pessoas que tem boa oferta de frutos na sua comunidade e coletam em escala muito pequena, além de não terem um plano de manejo adequado. Buscamos também dar subsídios aos que desejam fazer o plantio e produzir suas mudas, aumentando e repondo as plantas em suas áreas de coleta, quintais, áreas de cultura, etc.
 Iniciamos a capacitação com a apresentação das pessoas, onde participaram agricultores e técnicos. Na apresentação os participantes puderam relatar quais as suas duvidas e o que esperam da capacitação, e quais os seus conhecimentos a respeito do manejo e coleta do Coquinho Azedo.
Trabalhamos um conteúdo abordando informações que contemplasse agricultores, técnicos e extrativistas para as boas práticas de manejo do Coquinho Azedo até a comercialização. Falamos das características da planta como também descrevemos os principais ambientes de ocorrência da mesma, essa ação teve como objetivo entendermos como devemos preservar as áreas que podemos ter a planta e consequentemente realizar o extrativismo.
Buscamos junto aos participantes entender o ciclo produtivo da planta, na oportunidade explicamos como deve ser feito o extrativismo da planta em questão, desde a limpeza da área ate a coleta dos frutos, neste momento esclarecemos aos participantes os benefícios do uso dos EPIs.




Num exercício bem prático descrevemos os processos que devemos seguir para produção de mudas:
Primeiro, estar dentro das normas da fiscalização ambiental competente;
Segundo, seleção das sementes, que deve ser levado em consideração a qualidade da planta mãe, que é quem vai dar as características genéticas para a planta filha;
Terceiro preparo do substrato, que no caso deve se fazer parecer o máximo com o solo do local de ocorrência da planta;
Quarto quebra de dormência das sementes que deve ser feito de maneira bem mecânica, ou seja, romper o mesocarpo do fruto para facilitar o desenvolvimento do embrião.
A planta nativa também passa por ataques de pragas e doenças, mesmo sendo equilibrado, uma vez que o meio natural vem sofrendo com as nossas ações esse fato tem aumentado, neste momento esclarecemos aos participantes algumas medidas para minimizar o mesmo, dentre elas o manejo correto das espécies do extrativismo como também a conservação de espécies não utilizadas para esse fim, existe ainda a figura que chamamos de predador, muitas vezes é tido como um problema, porem isso ocorre quando olhamos com um olhar econômico, se olharmos com uma visão de preservação vamos entender o porque da existência dele, no caso do Coquinho um predador importante é o que conhecemos no Norte de Minas como cachorro do mato, esse animal dissemina a semente e com isso ajuda na perpetuação da espécie.
Um fator de cunho ambiental é a coleta, pois se for intensa e sem manejo pode levar a extinção da espécie, quando relatamos esse assunto enfatizamos bastante a forma e quanto devemos coletar, na oportunidade os participantes esclareceram que eles já têm essa conscientização através de trabalhos da Cooperativa Sertão Veredas com outras espécies.
Dentro do processo do extrativismo um fator importe para se ter um bom produto é o transporte dos frutos, entendendo que no caso do Coquinho Azedo o principal produto é a polpa do fruto, o transporte deve ser feito com muito cuidado para não ter perda do produto.
  
PROCESSAMENTO
A polpa de Coquinho tem grande aceitação nos mercados e para atingir esses mercados é necessário que tenha boa qualidade nutricional e sanitária, mas para atingir esses objetivos, foram abordos todos os conceitos técnicos e científicos, direcionando as informações para a pequena escala de produção ou a agroindústria de pequeno porte, isso para garantir que esses trabalhos possam ser desenvolvidos pelas comunidades locais, que apesar de utilizar os recursos naturais do Cerrado como fonte de renda, ainda sim, não tem uma grande produção de frutos nativos em específico o Coquinho Azedo. Para a apresentação de todas as etapas do processamento de polpas de frutas, conforme legislação do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento utilizou-se a planta de processamento de frutas da Cooperativa Grande Sertão Veredas, uma vez que essa unidade fabril absorve a produção local de frutos do Cerrado.

Extrativistas selecionando os frutos adequados para a produção de polpa

Apresentou-se aos extrativistas as técnicas para se produzir uma Polpa de Fruta congelada de boa qualidade:
As boas práticas de colheita, visando o controle da qualidade do fruto ainda no campo, observando as questões de amadurecimento, além dos cuidados com as plantas de forma a evitar o extrativismo predatório;
Transporte e acondicionamento dos frutos em local adequado, para garantir a qualidade e integridade do fruto. Nesse ponto foram demostradas as questões relacionadas à organização dos frutos, para o acondicionamento foi sugerido à utilização de caixas de hortifrúti para facilitar o transporte, sempre frisando a importância da limpeza e higienização dessas estruturas primárias, considerando a etapa de recebimento dos frutos na indústria foi demostrado a necessidade da organização das caixas por nome de agricultores e por comunidades, para assim compor a formação dos lotes e ao mesmo tempo ter um melhor controle sobre a matéria prima recebida;
Foram trabalhadas com o grupo todas as questões relacionadas ao fluxograma de processamento além das Boas Práticas de Fabricação, demostrando todos os cuidados necessários para cada etapa, cuidados higiênicos com o ambiente, utensílios e todas as estruturas de apoio, além da higiene e hábitos pessoais dos manipuladores de frutas, essas questões são de suma importância visando à produção de uma polpa de fruta de boa qualidade, para atender tanto os mercados institucionais públicos e privados que são potenciais consumidores dos produtos do Cerrado. Ao finalizar as atividades percebeu-se um entusiasmo dos envolvidos para dar continuidade e também iniciar trabalhos tanto com a preservação e colheita, como também o beneficiamento e comercialização do Coquinho Azedo in natura e da polpa congelada.



Extrativistas exibem o produto da aula prática na Unidade de Beneficiamento da Coop. Sertão Veredas