segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Saiba como foi o I Fórum de Pesquisa, Extensão e Inovação, ocorrido em Januária (MG)

Nos dias 7 e 8 de novembro, o Programa Água Brasil e o Instituto Federal do Norte de Minas Gerais realizaram o I Fórum de Pesquisa, Extensão e Inovação em Januária.
O evento, que também teve apoio do WWF-Brasil, teve como objetivo conhecer as atividades de pesquisa e extensão que contribuem para o conhecimento científico-tecnológico que gera subsídios para o desenvolvimento regional. Mais de 80 pessoas de 12 instituições diferentes (entre elas: o Instituto Estadual de Florestas, Instituto Biotrópicos, UFMG, Unimontes, Cáritas Januária, Emater, Banco do Brasil, dentre outras) participaram dos painéis e oficinas.
“O Fórum foi muito bem recebido pelos parceiros, estudantes, professores, reitoria e pela comunidade como um todo. Tivemos a participação de agricultores familiares do Peruaçu, pescadores e outros interessados na temática discutida. Um evento como esse fortalece a ação em rede em prol da transformação socioambiental do norte de Minas Gerais”, avaliou Vinicius Pereira, analista de Conservação do WWF-Brasil, técnico do Água Brasil na Bacia do Peruaçu e um dos responsáveis pelo evento.
Paineis
O evento teve cinco paineis:
1º) “Ações e perspectivas para a Pesquisa, Extensão e Inovação Regional”: apresentação do contexto global e local, ações desenvolvidas na região dentro de uma realidade com recursos humanos e financeiros insuficientes associada a uma demanda crescente de novas intervenções.
Instituições participantes: UFMG, Unimontes e IFNMG.
2º) “Perspectivas Regionais para uma Pesquisa Contextualizada”: discussão sobre os rumos para uma ação mais qualificada na região, seja na pesquisa, na extensão e no ensino junto às temáticas socioambientais e econômicas das populações tradicionais, o rio São Francisco e seus afluentes, espécies da flora nativa e da agroecologia.
Instituições participantes: WWF-Brasil, Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas, SEBRAE/MG, Caritas Januária e Articulação Popular São Francisco Vivo.
3º) “Perspectivas Regionais e Ações para a Pesquisa Ambiental”: atuação das entidades na área do Mosaico de Unidades de Conservação Sertão Veredas Peruaçu e como este trabalho pode vir a dialogar com as comunidades do entorno, as instituições que atuam na região e com a academia.
Instituições participantes: WWF-Brasil, Instituto Biotrópicos e Instituto Estadual de Florestas.
Na sequência, foram apresentadas as pesquisas desenvolvidas pelo IFNMG Januária em saúde, educação e agropecuária
4º) “Apresentação das experiências dos parceiros locais e de pesquisas para a transformação socioambiental e econômica da região”: desenvolvimento da região, educação, valorização da vegetação nativa em pé, apoio a empreendimentos e negócios sustentáveis e pesquisa aplicada.
Instituições participantes: Cooperativa Sertão Veredas, EPAMIG, Superintendência Estadual de Negócios e Varejo do BB e CEIVA.
5º) Painel de Encerramento: cada instituição presente pode realizar sua avaliação do evento e apontar os encaminhamentos.
Para o professor Fábio Carvalho, do IFNMG Januária, o evento foi um momento ímpar para interação entre as instituições e a comunidade. “Pensamos e repensamos a pesquisa e a extensão e estreitamos os laços institucionais e comunitários. Não há uma outra nota para o evento: nota dez!”.
Já para Eduardo Marques, da superintendência de Negócios e Varejo do Banco do Brasil de Minas Gerais: “a experiência e o conhecimento compartilhados por cada participante (organizadores, executores, parceiros, convidados) foi de uma riqueza enorme. Cada um, de uma forma ou outra, se dispôs a mostrar maneiras de reduzir as enormes dificuldades vividas pelas agricultoras e pelos agricultores do Peruaçu na lida diária no campo”, disse ele.
A agricultora Lucilene Pinheiro Lima, da Comunidade do Araçá, falou da valorização que sentiu. “Nos sentimos muito valorizados enquanto agricultoras e agricultores do Peruaçu ao participar de um evento tão importante como este! Que venham outros e, quem sabe, possamos fazer um lá no Peruaçu!”.
Fonte: http://www.blogaguabrasil.org.br/sustentabilidade-2/saiba-como-foi-o-i-forum-de-pesquisa-extensao-e-inovacao-ocorrido-em-januaria-mg/

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Extrativistas visitam o Centro de Agricultura Alternativa e a Cooperativa Grande Sertão.


No fim de 2013, cerca de 30 extrativistas, agricultores familiares, parceiros e equipe do projeto dos núcleos Sertão Veredas, Pandeiros e Peruaçu fizeram a visita de intercâmbio ao Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA/NM).
Todos tiveram a oportunidade de conhecer na prática as inúmeras experiências desenvolvidas pela instituição. A visita teve início pela unidade de beneficiamento de frutas da Cooperativa Grande Sertão, que é instalada nas dependências do CAA, onde o responsável técnico José Fábio apresentou aos participantes cada etapa da produção de polpas.
O grupo visitou ainda a casa de sementes crioulas mãe, que faz o fornecimento de sementes tradicionais para as demais casas de sementes da região. Pode conhecer também práticas de agroflorestas na região do Cerrado e mata seca, que se baseiam na combinação de espécies arbóreas (frutíferas e/ou madeireiras) com cultivos agrícolas e/ou criação de animais, de forma simultânea ou em seqüência temporal, e que promovem benefícios econômicos e ecológicos.
Aprenderam ainda mais sobre o PAIS (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável), uma metodologia de produção de hortaliças, frutíferas e criação de pequenos animais com bases agroecológicas, sem uso de agrotóxicos, manejo de pastagem, criação de pequenos animais de forma sustentável, viveiro de mudas nativas, compostagem e outras.
Por fim, o grupo conheceu a Unidade de Processamento e Extração de Multioleos da Cooperativa Grande Sertão, onde foi passada ainda informações a respeito da organização cooperativista.
Segundo a extrativista Luana Barbosa dos Santos, moradora da comunidade de Vereda Grande II, todos tiveram a oportunidade de aprender. Um detalhe que a surpreendeu é que a fábrica reutiliza praticamente tudo que é necessário para consumo. “As cascas das frutas são dadas aos porcos. É possível reutilizar quase tudo, ajudando o meio ambiente e ainda ganhando renda com estas atividades”, disse ela.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Curso de boas práticas para produção sustentável da fruta cagaita

Nos dias 25 e 26 de outubro, a cidade de Chapada Gaúcha (MG) foi palco do curso de Boas Práticas de Manejo e Fabricação para Produção Sustentável de Cagaita (Eugenia Dysenterica), com a presença de agricultores e agricultoras das Comunidades de Vereda Grande I, Vereda Grande II e outros participantes ligados as ações na bacia do Rio Peruaçu.
A cagaita é uma planta do Cerrado e Pertence à família Myrtaceae, a mesma da jabuticaba, goiaba, jambo, araçás e eucaliptos. Seu uso pode ser alimentar, medicinal e paisagístico.
O evento abordou boas práticas de manejo das Cagaiteiras e formas de geração de renda com a fruta. Para as agricultoras Dona Benvina Nunes Leite e Maria José Ferreira, da comunidade de Vereda Grande I, produtoras de geleias e doces, o curso foi uma oportunidade e um incentivo para que produzam seus produtos de forma mais eficiente.
A comunidade delas é também conhecida como “terra da cagaita”. Agora com a abertura futura do Parque Nacional das Cavernas do Peruaçu, elas esperam atrair os turistas.
O instrutor do curso, José Fábio Soares, espera ter superado as expectativas do presentes ao apresentar os muitos benefícios e possibilidades de produtos que podem ser feitos da fruta – muitas vezes desperdiçada.
O coordenador do Projeto, Joel Sirqueira, avaliou que o sucesso da capacitação foi resultado da competência da equipe, dos incansáveis parceiros sempre prontos a contribuir, e aos coletores e coletoras sempre dispostos a aprimorarem seus conhecimentos. “Tudo foi planejado e executado em pouco tempo, pois precisamos de liberação do recurso e tinha a questão da safra, pois não podemos capacitar extrativistas sem a matéria-prima. Mas tudo deu muito certo!”.
A fruta cagaita